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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

PEDOFILIA F65.4 (PARTE I)



Como a ciência explica o desejo sexual por crianças?

Qual é o perfil de quem abusa de menores?

Por que o erotismo infantil atrai tanta gente?
Segundo o DSM IV, manual de diagnóstico e estatístico de transtornos mentais em sua IV edição, a Pedofilia é classificada como 302.2, já na CID-10, Classificação Internacional de Doenças, em sua décima edição, a classificação se encontra como F65.4.

A cada dia a palavra pedofilia aparece nos ouvidos escandalizados da sociedade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a pedofilia como a ocorrência de práticas sexuais entre um sujeito maior de 16 anos com uma criança na pré-puberdade (13 anos ou menos).

A OMS não classifica a pedofilia como uma doença, os médicos e os psicólogos divergem na forma de classificação e nas estratégias para combater o problema.

Segundo a psicanálise, a pedofilia é definida como uma perversão sexual. Não se trata, propriamente, de uma doença, mas de uma parafilia: um distúrbio psíquico que se caracteriza pela obsessão por práticas sexuais não aceitas pela sociedade, como o sadomasoquismo e o exibicionismo.

A criança nunca é parceira na relação de um pedófilo, mas seu objeto, pois é um ser indefeso, dominado sadicamente, como afirma o psicanalista carioca Joel Birman, que atende em seu consultório as vítimas da pedofilia. O psiquiatra francês, especialista em pedofilos, Patrick Dunaigre, defende a existência de dois tipos de pedofilia: A de situação e a preferencial. A primeira talvez seja o tipo mais difícil de detectar. Alguns adultos, principalmente homens, atacam crianças sem, no entanto, se sentirem excitados com ela. O perigo reside na pedofilia preferencial. Ocorre quando o agressor deliberadamente escolhe crianças na pré-puberdade, antes dos 13 anos, como obscuros objetos para satisfação sexual.

De acordo com o psicólogo David L. Burton, especialista em agressão infantil da Universidade de Michigan e membro do conselho diretivo da Association for the treatment of sexual abuses (associação para o tratamento de abusos sexuais), nos Estados Unidos, cerca de 80% dos casos de abuso sexual de crianças ocorrem na intimidade do lar: pais, tios e padrastos são os principais agressores.

Uma estatística levantada pelo Laboratório de Estudos da Criança (LACRI) da Universidade de São Paulo (USP) mostra a amplitude do problema. O relatório registrou, durante 2001, 1723 casos de violência sexual contra menores no âmbito doméstico. Intitulado “A ponta do Iceberg”, o documento apenas inventaria aqueles episódios que chegaram as instâncias oficiais, como varas de família.

O pedófilo não consegue controlar o comportamento sexual por crianças, de modo que  esta atração pode passar a dominar a vida do sujeito sendo assim, o pedofilo não sconsegue manter contato sexual com pessoas da sua faixa etária devido a insegurança por não poder dominar e não tendo o outro como seu objeto de desejo.
Nas próximas duas postagens falaremos de forma mais específica do perfil do pedofilo, o impacto na sociedade e as vítimas de pedofilia.

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