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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

SÍNDROME DO NINHO VAZIO EM UMA VISÃO ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL

Essa Síndrome pode atingir mães e pais cujos filhos deixam o lar.

"No dia em que saí de casa minha mãe me disse: Filho vem cá..." Esse trecho da música de Zezé de Camargo e Luciano retrata bem os impactos emocionais que podem ocorrer com a saída dos filhos da casa dos pais.
De uma forma breve, a "síndrome do ninho vazio" é uma condição inserida em um quadro depressivo ao qual os pais, geralmente a mãe, apresenta após a saída do(s) filho(s) de casa, a partir do momento em que eles se tornam independentes, partindo para outra moradia, tendo como resposta um sofrimento relacionado à perda do papel da função dos pais.
O intervalo de tempo da emissão das respostas referente a síndrome do ninho vazio se estende do instante da separação dos filhos, até o estabelecimento de uma nova ordem familiar. Todavia, caso a resposta de tristeza, presente na síndrome, se prolongue, e vier acompanhada por ausência de objetivos, pode transformar-se em depressão. 
No caso das mulheres já maduras pode ocorrer um agravante: a menopausa. Esta, por sua vez, pode fazer com que a mulher se sinta envelhecida, sem função reprodutora, com  auto-estima baixa, a tal ponto que sua imagem refletida no espelho lhe desagrada, resultando em uma mulher emocionalmente abalada.
As contingências estabelecidas através da relação entre pais e filhos, influenciam no modo como a separação é encarada. Essa separação é interpretada como privação de reforçadores. 
Não se trata do uso da razão apenas, pois os pais sabem que naturalmente os filhos crescem, se desenvolvem, e saem de suas casas para formar novas famílias. contudo, são raras as pessoas que estão preparadas para essa "separação". 
A intensidade do sofrimento, pode estar relacionada ao motivo da saída do filho da casa dos pais. Sendo motivos reforçadores, como casamento, saída para ingresso religioso, faculdade ou até mesmo morar sozinho, mas com a participação dos pais, o processo torna-se menos doloroso. Com motivos aversivos, como brigas ou morte, a dor é mais intensa e de maior duração.
Sempre é importante que a mãe preencha seus dias com atividades. Caso não trabalhe, é importante procurar fazer cursos, reforce a companhia dos amigos ou até mesmo procure um trabalho.
De acordo com o psicólogo Michel dos Santos, analista do comportamento e pesquisador dos processos e dinâmicas familiares. é fundamental que o desligamento da casa dos pais ocorra de forma gradativa, e não de uma hora para outra. Assim, os pais começam a se acostumar com a ideia do desvinculamento dos filhos de sua moradia. 
Neste período, a ajuda dos filhos é de extrema importância, sendo que deve haver uma inversão de papéis, com os filhos passando a “consolar” os pais, especialmente a mãe. 
Nesse processo os pais devem procurar adaptar-se à nova situação, e tentar estar perto dos filhos. Combinar encontros com eles de vez em quando. 
Fazer projetos com o(a) parceiro(a) e pensar em aproveitar melhor o espaço da casa. Combinar passeios e viagens e planejar o futuro.
Valorizar a nova independência e investir em cuidados. Investir no tempo livre para fazer ginástica, ou curso de especialização.
Fazer acompanhamento médico, pois como visto, a menopausa pode acarretar em mudanças hormonais potencializando o sentimento de tristeza. 
Agravando-se o quadro para uma depressão, procure um psicólogo. Ele pode indicar o tratamento mais adequado para seu caso.

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