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sexta-feira, 23 de março de 2018

MACONHA E SEUS EFEITOS NOCIVOS AO ORGANISMO

    De acordo com a EBS (Editora Biologia e Saúde), a intoxicação pelo THC e CANNABIS perturba as funções de percepção psicomotora e também as funções intelectuais. 
   Além disso, é observado que motoristas que fizeram uso de um simples cigarro de maconha apresentam, até 4 a 6 horas após o uso, redução dos reflexos e da habilidade, o que os leva a não perceberem uma curva, a distância entre os carros ou a velocidade do seu próprio veículo. Estes efeitos conduzem a ocorrência de muitos desastres automobilísticos, pois os motoristas pensam estar trafegando moderadamente, quando, na verdade, estão quase "voando".
    Quando os jovens usam a maconha regularmente, é frequente a perda de interesse pela escola, ocorre redução do rendimento escolar, há interferência no aprendizado da leitura, do pensamento, da compreensão e habilidade. Nestes indivíduos, usuários frequentes, ocorre diminuição do senso de responsabilidade, determinando com isso problemas no trabalho e no âmbito pessoal.
    Estudos realizados no campo de Odontologia mostram as consequências do uso da maconha. Segundo o trabalho do professor Waldir Nesi (Revista Brasileira de Odontologia n°162,1970), a fumaça aspirada pela boca e impregnada de agentes químicos ou térmicos encontra a mucosa bucal desguarnecida, determinando irritação das células epiteliais superficiais ao primeiro contato. 
    O organismo então, promove a defesa do local agredido, e com o estímulo continuado surge "inflamação defensiva" na zona de perigo, para impedir a lesão. O epitélio, no entanto, acaba adoecendo, em face do habito continuado de consumir cigarros, permitindo a ação persistente aos mesmos fatores. Isso contribui para a mudança de estado epitélio. Ou seja, a irritação inicial evolui para a inflamação crônica de caráter pré-cancerígeno. 
    Os cientistas comprovaram, após experiências realizadas, que a maconha pode ser prejudicial aos pulmões de uma forma mais grave que o fumo, pois a fumaça da maconha inalada provoca transformações nos tecidos do pulmão, determinando o surgimento de lesões pré-cancerosas. A fumaça da maconha prejudica a atividade bactericida dos macrófagos pulmonares, confirmando, assim, os efeitos danosos sobre o aparelho respiratório. 
    A maconha contém, em seus componentes, substâncias que também são peculiares ao cigarro comum e desta forma, pode também determinar o enfisema e a bronquite crônica. Como muitos usuários também fumam cigarro comum, há um risco muito maior para a saúde por haverem dois fatores lesivos concomitantes.Estudos experimentais realizados em algumas espécies animais diferentes, indicaram que os efeitos negativos sobre o desenvolvimento fetal podem ser causados pela ação do THC na fase de pré-concepção determinando dano ao embrião ou por ação do THC no período posterior ao nascimento, através do leite materno, causando danos ao processo de crescimento. 
 A função reprodutiva é grandemente afetada pelo uso da maconha  sendo comprovado, em estudos realizados anteriormente, que a ação da maconha determina em cobaias (em cativeiro) uma ação direta sobre o eixo hipotalâmico e também sobre as gônadas ocorrendo portanto, alterações nas funções gonadais e reprodutivas. Constatou-se que em cobaias machos ocorre, pelo uso da maconha, redução das dimensões testiculares e da espermatogênese, com redução da concentração de hormônio masculino (testosterona) na circulação. 
    Na cobaia feminina houve alteração nos hormônios femininos, com uma inibição aguda de hormônio folículo estimulante (FSH), de hormônio luteinizante (LH) e também de prolactina, perturbando, assim, o ciclo ovariano e a ovulação. 
     Esses efeitos nocivos observados em cobaias também são evidenciados em homens pois, ao ato de fumar maconha, é associado o decréscimo da formação de espermatozoides e de aparecimento de células anormais no esperma. Nas mulheres é evidenciado que a maconha determina distúrbios no ciclo menstrual. Outros estudos de homens e mulheres usuários, mostram que a maconha pode determinar perda temporária de fertilidade.

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